ideiasdetodos@live.com.pt

Este é o novo endereço de e-mail do Movimento, ao qual os estudantes poderão enviar directamente as suas ideias para uma AE de Todos, bem como dialogar directamente com o Movimento T. Assim, todos os dias, a partir de Sexta-Feira dia 20/11, este contacto estará on-line no msn, entre as 21h e 22h, para dialogar com os estudantes.

Comunicado: Movimento T apoia manifestação

O Movimento T apoiou a manifestação estudantil ocorrida hoje, tendo enviado palavras de apoio aos seus principais impulsionadores. O Movimento T julga que, nomeadamente, urge aumentar o financiamento do ensino superior público e aumentar as verbas da acção social, de forma a que todos os estudantes possam ter acesso a um ensino superior público de qualidade.

O Movimento T decidiu não comparecer oficialmente na manifestação, de forma a evitar que tal comparência seja interpretada como uma instrumentalização eleitoralista, por parte do Movimento, de uma manifestação que pertence a todos os estudantes.

O Movimento T lamenta ainda que a AEISCSP não tenha marcado uma Assembleia-Geral de forma a que todos os estudantes se pudessem pronunciar sobre a adesão, por parte da AEISCSP, a esta manifestação. Como consequência dessa inacção, a AEISCSP não participou oficialmente, em representação de todos os ISCSPianos, nesta manifestação que uniu estudantes de todo o País. Ao contrário daqueles que defendem que tem sido feito "um trabalho de excelência", e que consequentemente nada querem mudar, o Movimento T julga que é possível ter uma AE mais interventiva na defesa dos direitos de todos os estudantes.

Uma promessa: trabalhar pelos ISCSPianos

Porque é que decidi aderir ao Movimento T, quando estou no ultimo ano e trabalho? Simples, porque vale a pena trabalhar com , e por, quem tem ideias e projectos coerentes que visam não algumas pessoas mas todos os estudantes ISCSPianos.

Aderi ao Movimento T pelos motivos atrás referidos. A única promessa que o Movimento T me fez foi de trabalhar em prol de todos os ISCSPianos e por isso cá estou para trabalhar por todos vós, colegas ISCSPianos.

Ricardo António, 3º ano, Sociologia

O Movimento T

O Movimento T, mais do que ser uma lista, tem por objectivo a continuidade na luta pelos direitos dos estudantes. Pretende formar uma Associação com uma grande participação dos alunos. Prova disso é o facto de qualquer aluno poder dar ideias para a construção do programa eleitoral do Movimento. Nunca manchando o bom trabalho de associações anteriores, mas sempre com o objectivo de fazer melhor, o que é legitimo. O Movimento T quer uma maior transparência entre a AE e os alunos, defende que os alunos devem ter conhecimento de tudo o que se passa na sua AE.

Não entra em campanhas negras, como outras listas que se limitam a fazer ataques individuais ou colectivos sem qualquer fundamento, sem provas o que ainda é mais grave. O Movimento T não procura formar uma AE com base na difamação.

Independentemente dos "podres" - falsos, tantas vezes - de cada um, o Movimento T não usa isso como estratégia. O Movimento T cativa os alunos com as suas ideias, com a vontade e oportunidade que lhes é dada de poderem fazer algo pela sua comunidade estudantil.

Para poder ganhar o apoio dos estudantes, a oposição ao Movimento T, sem força e imaginação, limita-se a lançar boatos. Um deles - certamente já conhecidos por vós - é o de que o Movimento T recebe apoios monetários de estruturas partidárias.

Ao contrário do que muitos dizem, os fundos do Movimento T, independentemente de grandes ou pequenos, são “provenientes de cidadãos que decidiram contribuir para a mudança, rumo a uma AE ”.

Não é também um movimento que vista a camisola da JS, se assim fosse não existiria uma grande diversidade de ideologias políticas dentro do movimento. O Movimento T é composto por alunos com várias cores partidárias e alunos sem qualquer cor, o que nos une são os objectivos comuns enquanto estudantes.

Qualquer estudante pode dialogar com o Presidente do Movimento T. Se for preciso, ir-se-á ao fundo da questão, em qualquer conversa, para que tudo fique esclarecido. Mais do que o apoio de todos os iscspianos, quer-se que todos os alunos tenham uma opinião crítica, que não sejam alunos passivos. Procurem a verdade, lutem pelos vossos interesses, não se fiquem simplesmente com o que lhes é dito.

Diogo Duarte, 1º ano AP

Participação, activismo, transparência e compromisso

Nestes últimos dias o ISCSP vive num alvoroço crescente... Um burburinho que vai aumentando, que terá o seu climax algures em Dezembro, com as eleições para a Associação de Estudantes...

Desta forma, todos os ISCSPianos rever-se-ão com certeza num dos seguintes pensamentos: “Em quem é que vou votar para a AE?”, “Porque é que me hei-de dar ao trabalho de sequer ir lá votar? O meu tempo pode ser melhor utilizado...”, “Vou votar naquela lista porque está lá uma miúda gira que quero conhecer...”, “Porque é que vou votar se mesmo quando são eleições do país quem ganha é a abstenção?” e muitos outros pensamentos que chegariam para escrever infindáveis páginas de texto.

Mas o pensamento deve ser o da participação... Sempre o da participação... Porque como se disse no anúncio televisivo, se deixamos que escolham por nós acabamos por ficar com algo que não queremos ou sequer gostamos.

Nessa perspectiva incluímos o movimento T. Porque pretendemos dar a AE a todos os estudantes do ISCSP, pretendemos que o programa que apresentamos não seja estanque, queremos ouvir o que tens para dizer, TU, estudante do ISCSP. Porque só com a ajuda de todos e com as ideias de todos podemos ser uma AE que promova a PARTICIPAÇÃO, de forma a construirmos juntos uma AE melhor... Um ISCSP melhor...

Não queremos ser uma AE que se limita a ficar sentada... Não nos candidatamos para passar o tempo, mas sim por acreditarmos que conseguimos em conjunto trabalhar por um ISCSP melhor, defendendo os interesses e os direitos de todos os estudantes, porque fazemos do ACTIVISMO um ponto de honra. Porque só se nos mexermos é que as coisas acontecem...

Defendemos que não devem existir jogos e interesses secretos, que o que é feito deve ser claro para todos... TRANSPARÊNCIA é um ponto do qual não prescindimos pois se defendemos que a AE deve ser para todos, então é lógico que exista a informação não só da proveniência e finalidade de todos os fundos utilizados, mas também pretendemos fazer da TRANSPARÊNCIA de gestão uma imagem de marca.

Finalmente, não pretendemos ser um movimento que só trabalhe se ganhar... Assumimos perante todos um COMPROMISSO... O COMPROMISSO de longevidade de ideias e de acções, um COMPROMISSO de uma atitude constante de dinamização estudantil...

Porque só através da PARTICIPAÇÃO DE TODOS... Só com uma atitude de ACTIVISMO DE TODOS... Só com a TRANSPARÊNCIA EM TODAS AS ACÇÕES... Podemos assumir ESTE COMPROMISSO... UMA AE DE TODOS!

Sónia Silva, 2º ano, Antropologia

Sentimento crítico, atitude racional

Há certas características inerentes ao ser humano que me desarranjam por completo a mente. A tendência, a parcialidade, é uma delas. E, tendo em conta o período de divulgação pré-eleitoral pelo qual o ISCSP atravessa, julgo ser pertinente o foco a esta particularidade humana, que apesar de ser inapagável, é perfeitamente controlável.

Apelo assim a todos os ISCSPianos à concepção de um julgamento menos parcial e mais racional. Que pousem um olhar límpido sobre os eventos que se vão desenrolando, que avaliem, que retirem os factos, e que teçam o seu juízo de forma consciente. Só com um sentimento crítico aliado a uma atitude racional é que podemos contribuir para a construção de um futuro que divirja da estagnação do activismo estudantil que tanto nos contamina.

Ana Tang, 1º ano RI

Cair na maledicência

O Movimento T tem duas grandes apostas: uma AE em que todos possam participar e que defenda os direitos de todos. A Omega, a julgar pelas insistências de Frederico Neves, candidato pelo pelouro do Gabinete do Aluno, também tem duas grandes apostas: atacar directamente a minha dignidade e afirmar que o Movimento T tem financiamento partidário.

Frederico Neves teve já a oportunidade de afirmar publicamente que os meios do Movimento T provêm de fundos partidários. O Movimento T afirma a sua independência: todos os seus fundos consistem em donativos individuais provenientes de cidadãos – identificados aqui – que decidiram contribuir para a mudança. Todos devemos trocar ideias e a discordância faz parte da democracia. Mas acusar, sem provas e fundamento, que o Movimento T tem financiamentos partidários, é cair na maledicência.

Sobre o ataque directo ao meu passado, eis o comentário que Frederico Neves deixou recentemente:

"Não é verdade que tenhas aparecido quase todos os dias, como membro da minha direcção (era presidente do Núcleo de Direitos Humanos) eras umas das duas pessoas que nunca punha os pés nas reuniões. Colaboras-te pontualmente em dois projectos, nunca de modo muito relevante, dos mais de dez que fizemos e nem um artigo que te pedi para o jornal fizeste, que podia ter sido inserido numa das três edições do jornal, portanto tempo não te faltou para tal.
Quanto à AE a conversa anda pelo mesmo mas isso perguntem a quem de direito.
Portanto esta é a tua primeira matrícula activa no ISCSP David, e aqui não se dá azo a interpretações. Quem esteve cá e sabe, sabe que raramente aparecias na faculdade.
Não é maledicência é simples constatação. Se quiserem depois podem me chamar faccioso, o que quiserem, mas a verdade não tem duas interpretações e foi uma grande pena minha a tua ausência no núcleo porque serias uma mais valia. Mas para uma AE é preciso conhecer a faculdade, ter cá estado e a ter vivido.
Portanto AE's e listas à parte, factos são factos. Cada um que retire disto a informação que quiser"


Serei frontal. O problema pessoal que me impediu de agarrar a vida académica no ano lectivo passado foi a morte da minha mãe em Outubro de 2008, fruto de doença prolongada. Nunca misturarei a minha vida privada com o meu papel enquanto activista estudantil. Mas todos os estudantes merecem saber o motivo pelo qual alguém que quer ser o Presidente de todos os ISCSPianos faltou à faculdade durante o todo o ano lectivo 2008/2009. Naturalmente, a morte de um familiar que amo causou-me um transtorno que, felizmente, está totalmente ultrapassado. Esse transtorno, fruto das garras lentamente mortíferas do cancro, afectou-me também durante os últimos tempos do ano lectivo de 2007/2008. Assumo, assim, com total frontalidade: não fui eficaz nos últimos tempos do meu mandato como membro da Direcção do Núcleo dos Direitos Humanos (NDH) e do meu mandato como colaborador da AE. Porém, ao contrário do que Frederico Neves afirma, fui activo e dedicado durante uma parte significativa dos mandatos. Outra questão que os estudantes poderão perguntar, com toda a legitimidade, é a seguinte: “se, por motivos pessoais, deixaste de estar disponível para participar activamente na vida académica, porque é que não o deixaste de fazer na JS?”. Por uma simples razão: porque na JS sou líder de uma estrutura local. E um líder tem a responsabilidade de, independentemente dos problemas que enfrentar na sua vida pessoal, nunca abandonar o barco, manter sempre a dedicação, a disponibilidade, o empenho. Um líder tem de dar o exemplo. Tem de ser o primeiro a entrar no barco e o último a sair. É assim que me apresento perante os ISCSPianos: com a humildade própria de um passado imperfeito; com a determinação própria de quem quer melhorar o futuro.

Como ex-membro da Direcção do Núcleo dos Direitos Humanos (NDH), rejeito veementemente as acusações de falta de presença nas reuniões, de falta de empenho nas suas actividades e de incumprimento de um pedido de escrita de um artigo. Durante parte significativa do mandato, mostrei sempre dedicação, determinação e vontade de trabalhar. Compareci nas reuniões, empenhei-me nas actividades e o único texto que me foi pedido foi um texto para uma conferência, texto esse que escrevi. Sobre este tema, há três pontos que julgo importantes referir:

1) Infelizmente, aqui não há forma de apresentar provas da mentira dessas acusações, as quais apresentaria se as houvesse, independentemente de o dever de apresentar provas pender sempre sobre quem acusa. Infelizmente, enquanto estive no NDH, não havia actas das reuniões lidas em voz alta, aprovadas e assinadas. Logo, o passado não está documentado. Há que acreditar na palavra de quem o relata.

2) É curioso que o Frederico Neves apenas tenha levantado esta questão agora, em momento pré-eleitoral para a Associação de Estudantes, em que participamos em projectos alternativos. Nunca levantou esta questão antes, pelo menos publicamente ou comigo. É curioso.

3) Viveríamos numa situação anti-democrática se o dever de apresentar provas pendesse sobre os acusados, e não sobre quem acusa. Para além desse dever não recair sobre mim, as provas não existem, devido à já mencionada inexistência de actas do NDH durante o tempo da minha participação no mesmo. Ainda assim, torno público um documento que contém sinais da minha dedicação e vontade de trabalhar. Um dos conteúdos consiste em printscreens de vários e-mails. O primeiro é um mail enviado a Frederico Neves, em que expresso aceitação de participação no NDH e afirmação da vontade de trabalhar. Porque é que alguém, com experiência de activismo estudantil no ensino básico e no ensino secundário, a nível escolar e nacional, aceitaria um cargo, expressaria a sua vontade de trabalhar, para depois não se dedicar? A acusação de Frederico Neves não faz sentido. O segundo é um mail para o endereço do NDH a justificar a falta a uma reunião. Porque é que alguém que, supostamente, fazia das faltas às reuniões uma regra, se iria desculpar, de forma clara e sincera, pela falta a uma só reunião? A acusação de Frederico Neves não faz sentido. Os printscreen’s 3, 4 e 5, são, respectivamente três e-mails: um enviado para o endereço do NDH, a referir a importância da campanha de divulgação; outro a estabelecer, nesse âmbito, contactos com uma gráfica para impressão de cartaz A0; e finalmente outro, enviado também para o endereço do NDH, a anunciar mobilização de colegas para a colagem deste último. Porque é que alguém que, supostamente, não se empenhou no NDH, elaborou o cartaz de divulgação do mesmo, mandou-o imprimir na gráfica, foi buscá-lo e mobilizou colegas para o ajudar na colagem? A acusação de Frederico Neves não faz sentido. Os printscreen’s 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12 consistem em e-mails trocados, entre mim, o endereço de e-mail do NDH e diversas entidades externas, tendo em conta a realização, no ISCSP, de uma tarde lúdica para crianças desfavorecidas. Neles, assumo, perante essas entidades, a representação do NDH, bem como um papel central na organização da iniciativa. Porque é que alguém que, supostamente, não se empenhou no NDH, assumiu a representação do mesmo na comunicação com entidades externas bem como a organização de uma iniciativa cujas fotografias estão, ainda hoje, no placar do NDH? A acusação de Frederico Neves não faz sentido. O outro conteúdo desse mesmo documento (que pode ser visto aqui) é o texto que escrevi para a Conferência “Ambiente e Novas Tecnologias”, do NDH. Porque é que alguém que, supostamente, não se empenhou no NDH, ficou encarregue de escrever o texto para uma conferência organizada pelo mesmo, tendo cumprido atempadamente essa tarefa? A acusação de Frederico Neves não faz sentido.

No que diz respeito à AE, também fui bastante participativo durante uma parte significativa do mandato. Nomeadamente, criei o blogue do desporto, elaborei uma base de dados dos membros das equipas desportivas, escrevi faxes para a reitoria.

Todos devemos trocar ideias e a discordância faz parte da democracia. Mas deturpar totalmente o meu passado, de forma a que passe uma falsa imagem de incompetência, é cair na maledicência.

A Omega já se afirmou como "uma certeza". Agora, Frederico Neves, seu destacado membro, mascara a sua maledicência, apelidando-a de “constatação”, de “verdade”, de “facto”. O seu comentário é, porém, pura maledicência; uma tentativa de destruir o meu passado e reconstruí-lo a seu proveito. É, no entanto, uma tentativa frustrada, porque não tenho nada a esconder e porque lidero um Movimento em que o meu rosto é apenas um entre outros, um Movimento composto por mais de uma centena de estudantes que fazem do respeito, da esperança e da mudança os seus mais elevados valores. Nenhuma maledicência derrotará a força da união. À mentira da calúnia o Movimento responderá com a verdade do respeito e do diálogo. A cada insulto responderá com uma ideia. A cada boato responderá com um valor.

O meu passado, como o de todas as pessoas, tem erros. Mas sempre me pautei, em todos os projectos em que entrei, pelo empenho e pela dedicação. O Movimento T nunca fará ataques falsos, traiçoeiros. O Movimento T pauta-se pelo respeito, por uma atitude de debate assente em críticas construtivas, em ideias de esperança, em acções de mudança.

David Erlich, 2º ano CP


Liderança, credibilidade e mudança

Novamente, responderei a um comentário deixado no blogue Ideias T. Destaco o facto de parte significativa dos comentadores deste blogue exercer a sua liberdade de expressão sob anonimato. Tal anonimato é, naturalmente, um direito que assiste a quem comenta o blogue e, como qualquer visitante pode comprovar – e como própria existência deste post comprova – o Movimento T responde, também, a comentários anónimos. No entanto, faço um apelo que os nossos comentadores saiam da sombra. O Movimento T pauta-se pelo respeito por todas as opiniões, por todas as críticas. É do diálogo que nascem as melhores soluções, e a frontalidade e transparência favorecem a qualidade e elevação desse mesmo diálogo.

O comentário em questão, nesta resposta, é o seguinte:

"Porque é que so em tempo de eleições vejo tal pessoa (nomeadamente o candidato a presidente) na faculdade??
Nem sabia da sua existência, quanto mais, sei la a credibilidade dele mesmo?Duvido que a AE com este "movimento" va longe!!Principalmente com as pessoas que vejo na lista, a maioria sem qualquer experiencia noutra AE!
Acreditem que não estou na lista concorrente mas sei muito bem que teem pessoas muito mais capazes de realizar um excelente trabalho pelos e para os estudadantes!
Cumprimentos"


1) O comentário suscita questões quanto à minha assiduidade no ISCSP. Esta é a minha terceira matrícula; durante a minha primeira matrícula, fui bastante participativo nos rumos ISCSPianos, tendo, nomeadamente, feito parte da Associação de Estudantes, como colaborador, e do Núcleo de Direitos Humanos. Aparecia no ISCSP quase todos os dias. Na minha segunda matrícula, ou seja, no ano lectivo passado, tive um problema familiar bastante grave que me impediu de continuar a agarrar a vida académica e estudantil. Esse problema foi ultrapassado e, assim, desde o final do ano lectivo passado – em que criei, em conjunto com outros estudantes, a plataforma Partilhar o Futuro (partilharofuturo.com) – voltei a abraçar a vida académica. Voltei a aparecer na faculdade, a intervir na vida estudantil, a interagir com todos os estudantes. A dúvida é legítima: porque é que alguém que quer ser o Presidente de todos os ISCSPianos esteve ausente da faculdade durante um ano? A minha resposta, a meu ver, também é legítima; todos temos problemas pessoais e todos sabemos o quanto custam, por vezes, a ultrapassar. Todos os dias tenho atravessado a porta do ISCSP não devido a calculismos e estratégias, mas sim devido a um ímpeto que me faz querer aproveitar a vida académica ao máximo, com vigor, energia e determinação. É bastante provável que esteja certa a conhecida frase que diz que estes, os dias da juventude, são os melhores dias das nossas vidas. É por isso que estou disposto a agarrar cada um desses dias.

2) O comentário suscita também dúvidas quanto à minha credibilidade. Que fique bem claro: não me assumo como um homem perfeito, e não serei um Presidente perfeito. Essa é uma das causas profundas para a minha crença no diálogo: através da troca de ideias, todos nós podemos corrigir os nossos defeitos e potenciar as nossas qualidades. Tenho experiência na liderança de equipas em variados âmbitos, nomeadamente no âmbito do associativismo estudantil do ensino secundário. Julgo que posso dar o meu contributo para uma AE mais participativa e mais interventiva na defesa dos direitos dos estudantes. Vejo a liderança não como uma imposição de soluções, não como uma posse de um saber incontestável, mas sim como um papel de mediação; fazer com que pessoas de diferentes sensibilidades possam chegar, unidas, a uma solução comum; vejo a liderança de uma equipa como algo que implica garantir que todos os membros da equipa remem no mesmo barco e ao mesmo tempo; de resto, a direcção que o barco toma é decidida, igualmente, por cada um dos que remam. É este o espírito democrático e aberto do Movimento. E foi sempre assim que liderei equipas. Acredito nas minhas capacidades, na minha credibilidade; mas, acima de tudo, acredito nas capacidades e na credibilidade do Movimento e de cada uma das pessoas que o constituem. Cada uma delas tem a mesma importância, pois só com o esforço de todos teremos uma AE de Todos.

3) O comentário suscita também dúvidas quanto à credibilidade das pessoas que estão na “lista”, fruto da sua suposta inexperiência. Em primeiro lugar, o Movimento T ainda não apresentou a sua lista de candidatura. Logo, não existe nenhuma lista T. Esta será designada, democraticamente, pelo Movimento T, segundo dois critérios: mérito e pluralidade. Em segundo lugar, é errado dizer que os membros do Movimento T não têm experiência associativa. Em terceiro lugar, é errado associar, inexoravelmente, experiência a eficácia. A experiência ajuda a que se seja mais eficaz, mas não o garante. Se apenas a experiência conta, nem sequer deveria haver eleições, bastaria ver que candidatura reúne mais mandatos desempenhados no passado. O Movimento T tem uma visão de mudança, uma visão de esperança, uma visão que alia experiência e irreverência, maturidade e novidade. A experiência é apenas um critério entre outros; só assim há espaço para a mudança, para a renovação.

4) O Movimento T não quer apenas “realizar um excelente trabalho pelos e para os estudantes”. Quer também realizar um excelente trabalho com os estudantes. Isto é, dar a oportunidade de que os estudantes possam escrever o seu próprio destino, de que todos possam ter uma palavra relevante e consequente sobre os rumos da AE. A Omega afirma que a actual AE fez “um trabalho de excelência.” Logo, como a excelência é algo que deve ser mantido, presumo que pouco queiram mudar. O Movimento T, com uma visão de futuro, tem uma postura de mudança, rumo a uma nova esperança, a um novo paradigma de participação e de activismo académico.

David Erlich, 2º ano CP

Transparência, participação e mudança

O blogue Ideias T recebeu recentemente o seguinte comentário, anónimo:

"Uma maior trnsparências nas contas é que era.. aquilo no site é uma coisa mt vaga infelizmente, visto q eu falo cm aluno do ISCSP e não percebo cm é q têm tanto dinheiro para aqueles cartazes todos.. acho q isso é que era de louvar, explicem isso a nós, alunos.. e informarem os colaboradores, alguns nem sabem o q estão lá a fazer.. só estão la por estar, tbm ainda não consegui perceber o que é que querem dizer quem a mudança que há para fazer ou que pelo menos voçês defendem que querem fazer! ".

O Movimento T pauta-se por uma atitude de debate. É do diálogo que nascem as melhores soluções. Assim, será dada uma resposta ao comentário.

O comentário transmite três ideias:

1) Dúvidas sobre as proveniências dos fundos que sustentam a divulgação do Movimento T;
2) Afirmação de que alguns dos colaboradores do Movimento T possuem uma profunda ignorância sobre o seu papel no mesmo;
3) Incompreensão relativamente à mudança que o Movimento T defende para a Associação de Estudantes.

Responderei, sucintamente, a cada uma das três ideias veiculadas no comentário:

1) O Movimento T é um movimento independente, isto é, não recebe financiamento de partidos ou de lobbies empresariais. Assim, a grande base da sua viabilidade orçamental é a angariação de fundos. Isto é, todas as receitas do Movimento consistem em donativos individuais, de cidadãos que querem contribuir para uma nova esperança nos rumos do ISCSP. Esses cidadãos são apoiantes do Movimento T, ou amigos e familiares dos mesmos. Os fundos do Movimento provêm, assim, de cidadãos independentes que, de forma racional e ponderada, decidem apoiar uma causa em que acreditam.

2) O Movimento T pauta-se pela abertura e pelo diálogo. Todas as decisões internas são tomadas democraticamente. Qualquer apoiante do Movimento T tem direito a emitir a sua opinião e a comparecer nas reuniões, dando o seu contributo de forma livre e consequente. O diálogo é uma regra em todas as acções do Movimento. Desta forma, todos os colaboradores do Movimento T sabem que estão apoiar uma causa de mudança e que podem, activamente, ajudar a construir o dia de amanhã. O Movimento T informa constantemente os seus colaboradores de todas as suas actividades e iniciativas. Desta forma, todos os colaboradores do Movimento T têm a oportunidade de contribuir, opinar, ajudar, decidir. Só com o esforço de todos conseguiremos ter uma AE de todos.

3) O Movimento T quer mudar a Associação de Estudantes em duas áreas fundamentais. Por um lado, o Movimento T quer uma AE de todos os estudantes, em que todos os ISCSPianos conheçam as medidas levadas a cabo pela AE e a gestão interna da mesma, e em que todos os estudantes possam ter sempre uma palavra relevante sobre os rumos de uma AE que a todos pertence. Por outro lado, o Movimento T quer uma AE que esteja permanentemente na linha da frente da defesa dos direitos dos estudantes. Estes são os dois grandes objectivos de mudança pelos quais o Movimento T actua, vindo o mesmo a apresentar, brevemente, propostas concretas que traduzirão estes dois grandes objectivos em medidas específicas.

O Movimento T vê a troca de ideias como algo saudável que beneficia o espírito democrático que todos nós, estudantes, desejamos para o ISCSP. O blogue Ideias T está aberto ao contributo responsável de todos os estudantes.

David Erlich, 2º ano, CP

Comunicado: 5 valores do Movimento T - AE de Todos

INDEPENDÊNCIA DE PARTIDOS POLÍTICOS: O Movimento T é uma candidatura independente. Tem estudantes de vários partidos, bem como não filiados em qualquer partido. Rejeita qualquer tipo de financiamento partidário. Ultrapassando as fronteiras partidárias e ideológicas, chegou o momento de que todos nós, estudantes, nos unamos em torno das soluções para os nossos problemas comuns.

FRONTALIDADE PARA TODOS: A Lista Omega afirma que, durante este último ano, consistiu num “Fórum de Intervenção Académica”, tendo alegadamente participado, enquanto tal, na Assembleia Estatutária, no Conselho Pedagógico, nos Núcleos de Estudantes e na Comissão de Apoio ao Caloiro. Ora, nenhum dos participantes em tais estruturas o fez, publicamente, em nome da Lista Omega – que, aliás, não teve nenhuma acção pública durante este último ano. Assim, todos nós, estudantes, temos direito a perguntar: se os estudantes, pertencentes à Omega, participaram nessas estruturas a título individual, porque é que só agora, a posteriori e próximos de um momento eleitoral, vinculam essa sua participação individual à Lista Omega? O Movimento T prefere enveredar por um caminho de frontalidade. Os inúmeros estudantes que aderiram ao Movimento continuarão a exercer a sua participação individual noutras estruturas sem que o Movimento T se aproveite dessa mesma participação para fins eleitoralistas.

UMA NOVA ESPERANÇA: Terminará, brevemente, o mandato de dois anos de uma Direcção liderada por João Conde. Nesta era de dois mandatos que agora cessa, houve erros, mas também medidas acertadas. O Movimento T candidata-se não com uma atitude de oposição ao passado, mas sim com uma atitude de horizontes futuros; mais do que olhar para o dia de ontem, todos nós, estudantes, temos de apostar num novo começo, numa nova esperança. E só há esperança com coerência. Por isso, o Movimento T pergunta: como é que aqueles que se candidataram contra a actual Direcção há apenas um ano, afirmam agora que a mesma fez “um trabalho de excelência”? E, sobretudo, o facto de acharem que a actual AE fez “um trabalho de excelência” significa que, no futuro, nada querem mudar, deixando tudo na mesma?

DIÁLOGO: Uns dizem que “mais do que um movimento”, são “uma certeza”. O Movimento T não proclama a sua própria perfeição e não faz do seu lema uma oposição directa ao projecto alternativo. Todos nós, estudantes, teremos de decidir: queremos na AE um projecto de certezas perfeitas, ou um projecto que, com a participação de todos, tem a coragem de assumir o diálogo como a melhor das soluções? Todos nós, estudantes, teremos de decidir: queremos na AE aqueles que se afirmam com um lema de oposição à alternativa, ou um Movimento que, com a participação de todos e defendendo os direitos de todos, não se assume contra ninguém mas sim a favor da mudança, da esperança e do futuro?

RESPEITO POR TODOS: Todos nós, estudantes, temos o direito de discordar uns dos outros. Mas devemos manter, nessa diversidade, uma unidade baseada no respeito mútuo. A Lista Omega tem toda a legitimidade em apresentar um projecto alternativo ao do Movimento T. Porém, desrespeita-o directamente ao insinuar que a afixação de cartazes, por parte deste, é um gesto inútil. O Movimento T nunca apelidará outros projectos de “inúteis”. O Movimento T pauta-se pelo respeito, por uma atitude de debate assente em críticas construtivas, em ideias de esperança, em acções de mudança.